a voz que sussurra
- shh
- nas linhas... as linhas... pelas linhas... entrelinhas...
A chuva...
... na terra molhada afoga a respiração do mundo. Satura-nos também, a nós, às pessoas... más e boas. Não há como fugir da intempérie. A água que jorra incessantemente do céu é como um véu que traz a morte da boa disposição, em milhões de sorrisos aniquilados, como a mais inclemente assassina em série.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Diz-me, silêncio, em ruídos permanentes
singelamente confusos primitivos —
que mão estender à voz que ouvida não
fala comigo ou com ninguém, silente:
Devo tocar como quem chama e pede?
Ou agarrar o que não fala ainda
senão por gestos quase imperceptíveis?
Esperarei perguntas sem resposta?
Responderei perguntas não faladas?
Diz-me, silêncio, em ruídos de que és feito,
como entender-te quando és corpo humano.
Jorge de Sena
continua a chover por aí?... ainda nem um sorrisinho de sol?...
admita-se
o silêncio
como
uma
estranha voz
aceite-se
pelo que
é...
a vontade
de
compreender
quem
não
nos fala
como
um acto
de
pura
fé
~
sol
quente
sorridente
persistente
Enviar um comentário