... como a indiferença, apenas o temor da sensação de que não temos coração. É um gelo que nos mata por dentro. É uma pedra que nos pesa no peito. É um rochedo onde nos pregam ao nosso medo. De pés e mãos. Até que todo o sangue se vá, e apenas o nosso corpo inerte fique lá.
4 comentários:
não fales
plural,
[ embora
sim,
eu tenha
frio
também,
] mas não
medo,
esse não,
descobri
há algum
tempo
que é
pura
invenção,
*
ainda que
sejas
menina
se quiseres,
dou-te
a
mão,
*
o
nós
é
um
escudo
maior
do
que
o
eu
o
impessoal
banal
defende
melhor
do
que
o
eu
habitual
frio
(temos)
sempre
é
um
mal
de
(nós)
por
(sermos)
gente
o
medo
esse
conheço-o
falo-lhe
sempre
de
mim
porque
nesse
peso
a
voz
dos
outros
não
me
pertence
*
se
apenas
quiseres
o
toque
dos
dedos
aceito
a
mão
que
se
quer
dar
mais
ofereço
a
minha
mão
as
palavras
estão
além
dos
géneros
aí
não
há
barreiras
todos
os
toques
são
eternos
e
efémeros
entendo
que dar
as mãos
é dar-as-mãos
é assumir
um pacto
é crescer
e é
partilhar
não-só
palavras,
mas
amizade
.
tenta
sair das
palavras
que te
mascaram e
debilitam,
,ao toque
das
palavras
falta
quase
tudo,
.
sim, seres
menina
e não
seres
quem
tinha
imaginado
é um
golpe
duro,
mas estou
aqui,
~
as
mãos
estão
dadas
ainda
sem
se
tocarem
é
por
essa
razão
que
se
dão
e
todos
somos
dois
é
essa
dualidade
que
nos
faz
querer
outro
ser
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