a voz que sussurra

nas linhas... as linhas... pelas linhas... entrelinhas...

Frio...

... como a indiferença, apenas o temor da sensação de que não temos coração. É um gelo que nos mata por dentro. É uma pedra que nos pesa no peito. É um rochedo onde nos pregam ao nosso medo. De pés e mãos. Até que todo o sangue se , e apenas o nosso corpo inerte fique lá.

4 comentários:

in_side disse...

não fales

plural,

[ embora

sim,

eu tenha

frio

também,

] mas não

medo,

esse não,

descobri

há algum

tempo

que é

pura

invenção,


*


ainda que

sejas

menina

se quiseres,

dou-te

a

mão,


*

shh disse...

o
nós
é
um
escudo
maior
do
que
o
eu

o
impessoal
banal
defende
melhor
do
que
o
eu
habitual

frio
(temos)
sempre
é
um
mal
de
(nós)
por
(sermos)
gente

o
medo
esse
conheço-o

falo-lhe
sempre
de
mim
porque
nesse
peso
a
voz
dos
outros
não
me
pertence

*

se
apenas
quiseres
o
toque
dos
dedos

aceito
a
mão
que
se
quer
dar

mais

ofereço
a
minha
mão

as
palavras
estão
além
dos
géneros


não

barreiras

todos
os
toques
são
eternos
e
efémeros

~pi disse...

entendo

que dar

as mãos

é dar-as-mãos

é assumir

um pacto

é crescer

e é

partilhar

não-só

palavras,

mas

amizade


.


tenta

sair das

palavras

que te

mascaram e

debilitam,

,ao toque

das

palavras

falta

quase

tudo,


.


sim, seres

menina

e não

seres

quem

tinha

imaginado

é um

golpe

duro,

mas estou

aqui,




~

shh disse...

as
mãos
estão
dadas
ainda
sem
se
tocarem

é
por
essa
razão
que
se
dão

e
todos
somos
dois

é
essa
dualidade
que
nos
faz
querer
outro
ser