a voz que sussurra

nas linhas... as linhas... pelas linhas... entrelinhas...

No fio...

... da navalha, brincamos todos, com uma despreocupação canalha. É como brincadeira inconsequente na inocência da maralha. Inocência é eufemismo nascido da convivência com o cinismo. Mas não há cinismo aqui. Há apenas o que vejo. O que sei. O que vivi.

3 comentários:

in_side disse...

não é comigo

que falas

é contigo mesmo?

o fio da

navalha

entrou, sabes,

mea culpa

( dizer demais,

ser,

coisa a não-´fazer`,





*

~pi disse...

A lei do silêncio é inútil.
Quando algo nos persegue na nossa memória ou na nossa imaginação, as leis do silêncio são inúteis, é como fechar uma porta à chave numa casa em chamas na esperança de nos esquecermos que ela está a arder. Mas fugir do incêndio não o apaga. O silêncio em relação a uma coisa só lhe aumenta o tamanho. Cresce e apodrece em silêncio, torna-se maligno.




Tennessee Williams

shh disse...

o aço
angular
não
faz doer
na carne
entra
na alma
e
faz sangrar
sem
ferida
faz lembrar
que
querer
e
não ter
faz parte
da
vida

~

Quando o fogo que nos queima é ateado pela imaginação só temos de imaginar que não arde. O silêncio é uma voz como outra qualquer. Não é homem nem mulher. Se ouvirmos o que o coração nos diz, às vezes, o silêncio é a voz que tem de ser, e não a que faz o peito feliz.